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A OUTRA HISTÓRIA ENTRE
INO E COTIA

 

A cidade japonesa de Ino, situada no distrito de Kochi – território montanhoso e de clima frio, em meio a florestas, assinou um Tratado de Amizade com a cidade brasileira de Cotia, e que foi ratificado em 5 de Maio de 1966. Dessa geminação resultou a construção da Praça Japonesa quando havia a possibilidade da instalação de um amplo complexo industrial e sócio-cultural.
Em contatos com a Japan Trade Center, em 1973, as então autoridades mais importantes de Cotia – o Prefeito Mário Isaac Pires (Ivo) e o Presidente da Câmara, Raimundo Oliveira, receberam uma Missão Industrial Japonesa chefiada por Toshimi Iwai; essa Missão tinha interesse na reserva de uma área de cerca de dez alqueires para instalar em Cotia uma indústria transformadora de papel; os entendimentos eram já oficiais e davam nome ao projeto: “Indústria de Papéis Kotia S/A”, havendo uma participação, em capital de 51% dos munícipes cotienses e o restante do Governo Nipônico. Assim se uniriam as cidades “do Papel” e “das Rosas”.
De acordo entre as duas cidades, que teve sua primeira expressão sócio-cultural na oferta do tradicional Onaga-Dori (GALO EMPALHADO) a Kenji Kira, foi também colocado em pauta, por Mário Isaac Pires, possibilidade da instalação do “Centro Cultural da Colônia Japonesa no Brasil” (em área do Bairro Moinho Velho, onde nascera A Cooperativa Agrícola Cotia); e esse complexo abrigaria ensino fundamental e universitário, além de praças esportivas.
Entre visitas, resultou a construção da Praça da Amizade Hino-Cotia, vulgo Praça Japonesa, e o resto não passou de uma miragem. E até a referida Praça teve os seus problemas, com processo no judiciário e notas de imprensa, paralisando o seu funcionamento por alguns anos.
Com a Administração Municipal do Doutor Ailton Ferreira foi retomada a Praça Japonesa, aberta ao público, e está agora sob a coordenação do Colégio Kosmos que, em Cotia, ensina a Língua e a Cultura Nipônicas. Recentemente, o Doutor Ailton Ferreira recebeu autoridades diplomáticas e uma Missão Cotiense deslocou-se a Ino para reatar os compromissos sócio-culturais do Tratado de Amizade.
Foi o grande deslocamento de emigrantes de Kochi e de Ino para região de Cotia que formou a necessidade de um intercâmbio social e cultural o que favoreceu a geminação entre Ino e Cotia; e isso, a par do gigante agro-industial em que se transformara a Cooperativa Agrícola de Cotia.
Para celebrar os trinta anos do Tratado de Amizade esteve em Cotia uma Missão de Ino:

“Entre os dias 16 e 22 de junho, a Municipalidade Cotiense, através do Prefeito Ailton Ferreira e do Presidente da Câmara de Vereadores, Joaquim Horácio Pedroso Neto e representantes da Colônia Japonesa da região, recebeu a Comissão da Cidade de Ino. Hisayoshi Sugimoto Vice-Prefeito, Shugo Ageta Chefe do Departamento de Planejamento e Koichi Noda Vereador, foram recepcionados na Praça da Amizade em colaboração com Colégio Kosmos, no Paço Municipal e na Câmara Municipal.
O Executivo presenteou a comitiva com pratos de porcelana pintados com a Casa Bandeirante, pela artista Sueli Monzoli, e aquarelas de Ivanilde Tárraga; já o Legislativo ofereceu trabalhos do artista Tomoshige Kussuno.”

Com esta reaproximação sócio-cultural, é de crer que o relacionamento e as trocas comerciais e industriais tenham, em definitivo, o quadro do desenvolvimento sempre desejado. E recorda-se que Ino possui um dos mais importantes pólos culturais no Japão: o Museu do Papel. Sem dúvida, a estrada cultural ainda é a melhor via para o relacionamento diplomático.


 
   

Idealizado por:
CRISTINA OKA & AFONSO ROPERTO©
Última atualização: 16 February, 2002