Grupo Granja

manifesto

 

O Grupo Granja, com sede em Cotia (B° Granja Viana), na Grande São Paulo, fundado pela artista plástica, poeta e crítica de arte Tereza de Oliveira (i.m., 1925-1998), tendo como membros o ecólogo e psiquiatra Marc Cédron (Berna, Suiça), o escritor e consultor cultural João Barcellos (Cotia, Br.), a física e psicóloga Joane d’Almeida y Piñon (Cotia, Br. e Buenos Aires, Arg.) e o foto/jornalista e serígrafo Mário Castro (Vargem Gde Paulista e Rio de Janeiro, Br.), comunica o seguinte:

1- A História da municipalidade de Cotia, que é documentalmente rica mas não amparada oficialmente pelo Governo local, está em vias de desaparecer por

1.1- não estar inserida no currículo da rede municipal de escolas, como estudo obrigatório;

1.2- não constar das atividades de reciclagem pedagógico-cultural do Professorado local (municipal e estadual).

2- Os intelectuais e os artistas residentes em Cotia não têm espaços concretos para o desenvolvimento de trabalhos (social e culturalmente) localizados, porque

2.1- a municipalidade não se preocupa em instalar uma infraestrutura cultural de apoio à população, em geral, e aos empreendedores culturais, em particular;

2.2- a municipalidade não estabelece um diálogo com os intelectuais e os artistas através dos seus departamentos de Educação e de Cultura; e

2.3- a municipalidade, que tem uma rede mínima de Bibliotecas instalada, não se preocupa em tornar esta rede um pólo de troca informações; o que, pelo menos, chamaria a atenção de profissionais especializados em Educação e Cultura que pode(ria)m ajudar no desenvolvimento sustentado de Cotia.

O Grupo Granja, reunido em Março de 1999, em Cotia, lamenta que o Governo Municipal (Executivo e Legislativo) não discuta a Educação e a Cultura em amplas assembléias com os segmentos interessados da Comunidade. Nem sempre é preciso dinheiro para desenvolver bons projetos, é preciso inteligência, conhecimento e bom senso.

Que os políticos cotianos não entendam este manifesto como um ataque disparatado e sim como uma observação crítica com o objetivo de participar do desenvolvimento da região. Este manifesto tornou-se necessário face ao não-diálogo que vem sendo a filosofia de atuação dos setores oficiais de Educação e Cultura.

Marc Cédron, João Barcellos, Joane d’Almeida y Piñon, Mário Castro


Volta para João Barcellos Idealizado por:
C
RISTINA OKA & AFONSO ROPERTO©
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Atualizado em 18 September, 2000