---------------------- Grupo Granja

não há machado que corte a raiz ao pensamento

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Que As Nações Se Manifestem Como Nações

(Manifesto do GRUPO GRANJA, junho de 1999)

 

"A perda da nacionalidade de países como o Brasil e a Argentina face à ingerência do Poder financeiro, que joga os interesses do Capital(ismo) na compra dos bens estratégicos dos países do dito 3° Mundo a mando das potências econômico-militares agrupadas no G-7, é a marca registrada de uma política anti-nacional que pode levar ao desmembramento pátrio de nações como o Brasil em favor da sobrevivência energética daquelas potências. A élite política do Brasil institucional, situacionista ou oposicionista, é a corrente social e mercadológica que permite a abertura que levará à destruição dos exércitos locais, primeiro, e das sociedades, segundo! Pudemos observar o esforço do G-7 nos Balcãs para diminuir a força da ex-potência Rússia, mesmo dando-lhe lugar entre si... porque a Rússia, não sendo uma potência econômica é uma potência militar com armas nucleares! Em meio a este bombardeio ideológico do Poder coordenado pelos EUA algumas nações perderam a sua capacidade crítica no concerto da Civilização Ocidental que, aos poucos, espalha-se pela Ásia onde a resistência é ideológica e não tem o terrível lastro da Sociedade Construida Pelo Colonialismo. Os membros do GRUPO GRANJA, em nome da Ecologia Humana, exaltam os políticos a defenderem a sua Nação contra o Colonialismo subreptício do Capital(ismo) que impera, hoje, como Poder virtualmente financeiro - (Marc Cédron - Berna/Suiça; João Barcellos - Cotia/Brasil; Joane d’Almeida y Piñon - Buenos Aires/Argentina e Mário Castro - Rio de Janeiro/Brasil)"

 

 

"Não Há Machado Que Corte A Raiz Ao Pensamento"

(GRUPO GRANJA - Manifesto)

 

Os intelectuais, em particular escritores, professores, editores e jornalistas, que têm na sua Liberdade de Expressão a razão maior para serem Vida, estão a ser cada vez mais "bombardeados" pelos fundamentalistas religiosos que, em seu interesse dogmático (e isto em relação a todas as religiões), não suportam a não-institucionalidade ativa dos intelectuais. O GRUPO GRANJA também uma reunião informal, mas profundamente criativa de intelectuais e artistas, e tendo como bandeira o verso português NÃO HÁ MACHADO QUE CORTE A RAIZ AO PENSAMENTO, alerta o mundo para as perseguições que estão a sofrer aquelas e aqueles que ousam viver o Eu autêntico - como fez Jesus, por exemplo! - fora dos convencionalismos que gera(ra)m a prisão institucional em que sobre-vive a maioria dos povos. Por isso, é preciso 1- continuar a viver o que somos e como queremos ser; 2- não permitir que os dogmas religiosos impeçam a nossa criatividade com o cerco da ignorância montado no seio da população carente de informações; 3- não permitir que o interesse dogmático das religiões institucionais impeçam que o Eu religioso e social que todos transportamos seja, de fato, a geratriz de um Eu livre. Se o Pensamento foi, é e será a chave mestra da Humanidade, precisamos - e o GRUPO GRANJA assim o conclama - precisamos dar a conhecer aos povos o tipo de "machado" que estão a usar contra quaisquer tipos de manifestação sociocultural que eduquem esse povos mantidos em cativeiro através de fórmulas econômicas e religiosamente institucionais! (Julho de 1999, Suiça, Brasil e Argentina. Grupo Granja: João Barcellos, escritor; Joane d’Almeida y Piñon, física; Mário Castro, foto-jornalista e serígrafo; e Marc Cédron, psiquiatra e ecólogo)

 

 

Grupo Granja

 

O Grupo Granja, com sede em Cotia (B° Granja Viana), na Grande São Paulo, fundado pela artista plástica, poeta e crítica de arte Tereza de Oliveira (i.m., 1925-1998), tendo como membros o ecólogo e psiquiatra Marc Cédron (Berna, Suiça), o escritor e consultor cultural João Barcellos (Cotia, Br.), a física e psicóloga Joane d’Almeida y Piñon (Cotia, Br. e Buenos Aires, Arg.) e o foto/jornalista e serígrafo Mário Castro (Vargem Gde Paulista e Rio de Janeiro, Br.), comunica o seguinte:

 

1- A História da municipalidade de Cotia, que é documentalmente rica mas não amparada oficialmente pelo Governo local, está em vias de desaparecer por

 

1.1- não estar inserida no currículo da rede municipal de escolas,

como estudo obrigatório;

 

1.2- não constar das atividades de reciclagem pedagógico-cultural

do Professorado local (municipal e estadual).

 

2- Os intelectuais e os artistas residentes em Cotia não têm espaços concretos para o desenvolvimento de trabalhos (social e culturalmente) localizados, porque

 

2.1- a municipalidade não se preocupa em instalar uma infraestrutura

cultural de apoio à população, em geral, e aos empreendedores

culturais, em particular;

 

2.2- a municipalidade não estabelece um diálogo com os intelectuais e

os artistas através dos seus departamentos de Educação e

de Cultura; e

 

2.3- a municipalidade, que tem uma rede mínima de Bibliotecas

instalada, não se preocupa em tornar esta rede um pólo de troca

informações; o que, pelo menos, chamaria a atenção de

profissionais especializados em Educação e Cultura que

pode(ria)m ajudar no desenvolvimento sustentado de Cotia.

 

O Grupo Granja, reunido em Março de 1999, em Cotia, lamenta que o Governo Municipal (Executivo e Legislativo) não discuta a Educação e a Cultura em amplas assembléias com os segmentos interessados da Comunidade. Nem sempre é preciso dinheiro para desenvolver bons projetos, é preciso inteligência, conhecimento e bom senso.

 

Que os políticos cotianos não entendam este manifesto como um ataque disparatado e sim como uma observação crítica com o objetivo de participar do desenvolvimento da região. Este manifesto tornou-se necessário face ao não-diálogo que vem sendo a filosofia de atuação dos setores oficiais de Educação e Cultura.

 

 

Marc Cédron, João Barcellos, Joane d’Almeida y Piñon, Mário Castro