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C O T I A datas históricas
1500 - Tribos amazônicas do Povo Carijó, cuja língua mistura Tupi e Guarani, imigram para a costa e erguem várias aldeias com o mesmo nome: KOTY (q.s. "ponto-de-encontro" e "casa"). Quando os portugueses, os espanhóis e os alemães, sobem a Serra do Mar, ou exploram por terra o sertam cortado pelo Piabiyu - o caminho velho do sudeste ao sul com ligação ao Paraguay tão loucamente procurado por padres e aventureiros e bandeirantes na febre do ouro, já o Povo Carijó domina as rotas e, com ele, os europeus ganham conhecimentos geo-estratégicos. Começa aí o fim da Cultura Tupi-Guarani. No Planalto Paulista a Aldeia Koty situa-se (na Campina do Caiapiã) entre o sertam carapocuybano e o sertam itapecericano: é, pode-se afirmar, a boca do sertam. O primeiro europeu a descrever o Povo Carijó foi o alemão Hans Staden depois que visitou a Aldeia Acutia em Desterro, hoje Florianópolis (Estado de Santa Catarina)... O seu livro foi publicado na Europa ainda antes de findar o Séc. XVI. 1580- em 12 de Outubro de 1580 é instaurada a Sesmaria dos Índios de Pinheiros (de 30 Km em quadra) que engloba as aldeias Koty, Carapocuyba, etc, e posteriormente o bandeirante Fernão Dias Paes, com apoio de outros beneméritos beneditinos, manda erguer na Aldeia Koty uma Capela em honra de Nossa Senhora do Monte Serrat. Por estes fatos, temos que 12 de Outubro de 1580 é data da fundação cristã da aldeia e aquele bandeirante ("nomeado" Governador das Esmeraldas) como seu fundador oficial. 1652- Senhores rurais abastados erguem alguns casarões na região Kotyense e os da Koty passam a designar a aldeia como Cuty (Cutyenses), depois como Acutia (Acutianos) e Cotia (Cotianos). Na campina do Caiapiã ergueram o Sítio do Mandú, ainda no sertam carapocuybano, e o Sítio Capella e Moinho (hoje Sítio do Pe Ignácio), no sertam itapacericano (bem na floresta de Morro Grande), entre outros projetos arquitetônicos. 1662- A capela da Aldeia Koty recebe um pároco definitivo. 1684- O bispo do Rio de Janeiro (Dom José de Barros Alarcão) visita a capela. 1686- A Aldeia Cuty conta com 405 Moradores, segundo o primeiro Censo. 1703- Mudam a Capela de N. S. de Monte Serrat do Caiapiã para além do Rio Cuty, em cerca de 1.000 m. A população crescia. Com a Capela mudou-se a Aldeia que era já Paróquia com largo território sob administração. 1723- Cotia, o Arraial (ou Aldeia), vira Freguesia com 912 habitantes. 1770- D. Luiz Botelho (o Morgado de Matheus), capitão-general de São Paulo, deixa anotações sobre o velho caminho nativo (o Piabiyu) que ligava o planalto paulista ao sul do Brasil e ao Paraguay através de Cuty e Sorocaba. Por esse caminho chegavam a São Paulo os mantimentos necessários à sobrevivência dos paulistas. 1784- Nasce em São Paulo Diogo Feijó, filho das relações de um padre (Pe Manuel da Cruz Lima, vigário na região) com uma cotiana da Família Camargo (Maria Joaquina). Aquele que viria ser grande figura do Império viveu somente em Cuty alguns anos da sua meninice. Faleceu em 1843. Liberal, maçônico, anti-celibatário, foi talvez o primeiro bravo pela Independência do Brasil tese que defendeu nas Cortes lisboetas (de onde teve de fugir)!. 1803- São extintos oficialmente os aldeamentos indígenas. 1856- A Freguesia vira Villa. No dia 2 de Abril de 1856, Cotia ganha Emancipação Político-Administrativa, sendo João de Albuquerque o seu Intendente, mas só em 19 de Dezembro de 1906 passa a ser Município (quando contava com cerca de 10.000 habitantes). 1872- Considerado por Olavo Bilac um dos maiores poetas do Brasil, nasce (em 10 de Dezembro) Baptista Cepellos. 1905- O poeta Baptista Cepellos apaixona-se pela irmã de um colega da Faculdade de Direito de S. Francisco, na Sampa; ela chama-se Sofia e é filha do senador paulista Peixoto Gomide que, em 20 de Janeiro de 1906, movido por pressões sociais, mata Sofia e liquida-se a seguir. O Poeta de Cotia não mais se recuperaria de tal golpe. 1913- Chega à já denominada Cotia uma parte da emigração nipônica, que funda a Associação Japonesa abrindo caminho administrativo para a formação da Cooperativa Agrícola Cotia (CAC), que acontece em 1921 sob direção de Kenkiti Simomoto e Kumaki Nakao. 1913- O governador Rodrigues Alves desapropria a Floresta de Morro Grande (100 Km2) e é aí construida a Represa Pedro Beicht. 1915- Ovacionado pela crítica (autor de Os Corvos, A Derrubada, Os Bandeirantes, etc) morre em 15 de Maio, no Rio de Janeiro, o advogado, promotor público, capitão da Força Pública e poeta Baptista Cepellos, odiado pelos conterrâneos cotianos. Por falta de interesse da família e da politicagem anti-cultural que grassa em Cotia, os seus restos mortais vão para a vala-comum...! 1922- Inaugurada a Rodovia São Paulo-Paraná, via Cotia. 1935- Inaugurada a Linha Férrea Mairinque-Santos com Estação em Caucaia. 1944- Criado o Distrito de Caucaia do Alto. 1967- A Telefônica Anhanguera SA (TASA) inicia operações em Cotia com 350 Linhas. 1968- Os médicos Odair Pacheco Pedroso, Lourdes de Carvalho e Eurico de Carvalho, lançam a linha de ação para a construção do Hospital Filantrôpico de Cotia. 1971- Sítio do Mandú é tombado pelo Ministério da Cultura (pelo Iphan). 1975- Começa a circular Gazeta de Cotia, sob direção do jornalista W. Paioli. 1976- É fundada a Associação Paulista de Proteção à Natureza (mais tarde Associação Mundial de Ecologia) com José Lutzenberger, Aziz AbSáber, W.Paioli, Mário Schenberg, Sidônio Muralha, entre outros. Lutzenberger lança em Cotia o seu livro "Fim Do Futuro" atraindo a imprensa nacional e estrangeira. A APPN luta com a sociedade paulista contra a construção de um aeroporto doméstico na Floresta de Morro Grande. 1979- É dado à Floresta de Morro Grande de Reserva Florestal Deputado Rubens Lara, por sugestão da AME, enquanto é duplicada a Rodovia Raposo Tavares que corta o município. 1982- O Distrito Raposo Tavares, antigo Ribeirão da Vargem Grande, dá lugar ao município de Vargem Grande Paulista. 1991- Começa a circular o jornal Treze Listras, com W.Paioli, Dov Kruman, Adriana de Sousa, Warda Kruman, João Barcellos e Wilma Frossard. O tablóide gerou interesse nacional até à última edição em 1993. - O escritor e consultor cultural português João Barcellos reedita A Derrubada, primeiro livro de Baptista Cepellos. 1992- Cotia conta com 106.000 habitantes, segundo o Censo oficial. - Sob direção da Drª Eresina Fantoni é inaugurada a delegacia de Defesa da Mulher (DDM), única na região. 1993- Com apoio de artistas, esportistas e escritores, é inaugurada a Biblioteca Municipal Carlos Drummond de Andrade. O nome surge de uma votação democrática, numa praça de Caucaia do Alto, contra os desejos manifestos da politicagem local de "doar" um nome ligado à "história" local...! - João Barcellos pesquisa a história local e publica Cotia - da odisséia brasileira de são paulo nas referências do povoado carijó e sugere a formação de um Corredor eco-histórico-turístico entre Cotia, Embu e São Roque para preservação dos patrimônios. - a artista plástica Tereza de Oliveira (Galiza, Esp., 1925 - Paris, Fr., 1998) funda em Cotia o Grupo Granja, de reflexão sociocultural e artística, com o escritor e editor João Barcellos e a física Joane dAlmeida y Piñon. 1994- Começa a circular o Jornal-Revista FM, sob direção do jornalista Fernando de Matos. 1995- Abre o Espaço Mizar Cristal que, também por falta de infraestrutura cultural no município, torna-se ponto de encontro de artistas e intelectuais. - É criado, no bairro Granja Viana, o jornal O Serigráfico (com Dov Kruman, Claudilei de Sousa e João Barcellos) , de interesse técnico-educativo e de alcance internacional. - Começa a circular o jornal O Raposo, sob direção do jornalista Mário Candido. 1996- O ator Georges Ohnet constitui o TECO, grupo de teatro, enquanto várias Emissoras Radiofônicas começam suas operações. A atriz Thais de Andrade faz programa de rádio com João Barcellos e inicia um Curso de Teatro no espaço que após a sua morte (no mesmo ano) seria denominado Espaço Cultural Thais de Andrade (na Pro-Cotia). - João Barcellos, pesquisando o nome Koty, publica De Costa a Costa com a Casa às Costas. Com apoio da Secretaria de Estado da Cultura giza o esboço para um Centro Cultural Cotia . - É instalada no espaço da Biblioteca Baptista Cepellos (na Pro-Cotia), com apoio da iniciativa privada, a Biblioteca Zeneca de Incentivo Ao Professorado, única na região. - Escândalo político em Cotia: Vereadores são acusados pelo Ministério Público de gastos indevidos com "passeios políticos". Ficam com os Bens retidos durante alguns meses. Outro escândalo político envolve o Sindicato dos Trabalhadores da Borracha, o Prefeito e os Vereadores. Nenhum político foi punido ou averiguada a sua rápida fortuna pessoal conseguida enquanto ocupante de cargo público eletivo! 1997- A jornalista Cristina Oca e o fotógrafo Afonso Roperto organizam na rede mundial de computadores a Cotianet, cujos serviços levam a história da região mundo afora. - O Grupo Granja integra em suas atividades o ecólogo e psiquiatra Marc Cédron (de origem teuto-árabe e companheiro de João Barcellos em muitas ações culturais na Europa). Saem nos jornais alguns manifestos do GG sobre política, cultura e ecologia. O GG inicia contatos via internet e elabora um livro de poesias tendo como tema o "amor". - Começa a circular Em Cotia, uma revista dirigida por Paulo César. Também, o Jornal dArtes, com direção de João Barcellos. - Grande escândalo político-administrativo na Prefeitura denunciado por W. Paioli e João Barcellos, com apoio dos jornais Gazeta de Cotia, O Raposo, Jornal-Revista FM e Rádio Eco-FM: "Prefeitura de Cotia Contrata Jornal Clandestino Por Meio Milhão de Dólares". O assunto vai parar na Justiça, por iniciativa do Prefeito Mário Ribeiro, mas uma Juiza dá ganho de causa a W. Paioli e J. Barcellos contra as pretensas "ofensas à honra do prefeito". Está caracterizado o "rombo" no erário público. O processo continua... Os vereadores e o prefeito não respondem às questões publicadas por Gazeta de Cotia. - A administração pública cotiana, sem consultar a população, adere à Municipalização do Ensino. Irresponsabilidade pedagógica, no Ensino regular e no Ensino Especial, além do encaixotamento de crianças de 4, 5 e 6 anos de idade, numa mesma sala de aula, geram protestos de professores, intelectuais e jornalistas. 1998- É criado e instalado no bairro Granja Viana o Atelier Aberto, com orientação técnico-pedagógica do artista Carlos Daniel Cruz. - João Barcellos termina as pesquisas sobre Baptista Cepellos - o poeta do drama brasileiro (já editado na Cotianet) e escreve Oi, Cotia! (também inicialmente editado na Cotianet), uma história para crianças. Os desenhos eram originalmente de Ayres Bortolotti mas, em 1999, o escritor fez revisão do texto e solicitou os serviços do cartunista Ricardo Feher. - Instalam-se na região vários Cursos Universitários. - Criado o Centro de Fisioterapia e Ortopedia (Cefor) - O Grupo Granja admite em seu círculo restrito o fotojornalista e serígrafo Mário Castro (nascido na ainda Vargem Grande cotiana e residente no Rio de Janeiro). 1999- Marcos Roberto Bueno Martinez (o Prof. Marcão), com apoio da revista Em Cotia, publica Memória & Imagem, um documentário social cotiano. - Obras para entrega do Terminal Rodoviário de Cotia (entre o Município e o Estado), enquanto o Grupo Granja lança manifesto no jornal Gazeta de Cotia contra os desmandos que envergonham o sistema de Educação na região. Os vereadores e o prefeito não respondem. - A rádio comunitária Aquárius FM cnsegue licênça de funcionamento precário com liminar na Justiça.
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